Em Tempo – As urnas do barroso

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Por: Prof. Gilberto Tannus*

Não confio nas urnas eletrônicas atualmente em uso pelo TSE (Supremo Soviete Eleitoral). Há poucos dias o ministro luís roberto barroso veio a público garantir que as urnas são totalmente à prova de fraudes. Ora, senhores, se o ministro luís roberto barroso veio a público garantir aos eleitores que as urnas são totalmente à prova de fraudes, agora então é que não confio nelas de maneira alguma…

Ministro barroso é integrante do STF (Supremo Soviete Federal), mesmíssima corte de justiça que libertou um dos principais chefões do PCC, o traficante andré do rap. Criminoso perigosíssimo, está livre graças ao habeas corpus do ministro marco aurélio de mello.

Tal documento – habeas corpus aureliano – é uma das joias raras da coroa do judiciário pátrio, posto ter sido ajuizado pelo homônimo togado tupiniquim do famoso imperador romano e também filósofo Marcus Aurelius.

Falando em Marcus Aurelius, eis um de seus apotegmas: “- É loucura esperar que homens maus não façam maldades”. Fora das grades, o que aurélio de mello espera que andré do rap faça? Organize campanhas beneficentes em prol do Hospital do Câncer de Barretos ou volte a comandar o esquema internacional do tráfico de drogas?

Nada levanta mais suspeitas nos brasileiros do que o processo eleitoral com urnas eletrônicas inauditáveis. E com razão. Sombras de eventos bizarros do passado escurecem o horizonte presente e deixam os eleitores com a pulga atrás da orelha. Vejamos. Em 2014, no confronto presidencial entre dilma e aécio neves, bem no finalzinho da contagem de votos, o ministro dias toffoli interrompeu a transmissão televisiva, trancou-se em uma sala, computou os últimos números e ressurgiu – magnânimo e onipotente – com o resultado “inquestionável” do pleito: vitória da petista.

Já nestas eleições municipais de 2020 a surpresa ficou por conta do atraso da apuração em várias capitais, notadamente o município de São Paulo. Paulistanos perderam a paciência com as longas horas de expectativa.

Qual a causa de mais essa gafe eleitoral? Explicou-nos barroso: falha em um processador do supercomputador do TSE. Sobre a recentíssima invasão dos computadores do TSE, realizada com sucesso por grupos de hackers, barroso quase nada disse. Preferiu destinar às seguidas sodomias do rabo informático do TSE o sepulcral silêncio das urnas… dos cemitérios. Contudo, caprichando na pose de justiceiro implacável, prometeu que os hackers serão identificados e punidos. Ok, barroso, essa foi muito engraçada. Conta agora aquela do papagaio.

Prof. Gilberto Tannus é mestre em história pela Unesp.

**Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião de O Defensor!

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